segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fração do Pão

Fração do Pão 

“Opção preferencial pelos pobres”

                         “Partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia... seguia-o uma grande multidão, porque via os sinais que operavam sobre os enfermos. Subiu pois, Jesus ao monte e sentou-se ali com seus discípulos. Ora, a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Então Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha com ele, disse a Felipe: Onde compraremos pão para estes comerem? Mas dizia isto para experimentá-lo; pois ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-lhe Felipe: Duzentos denários de pão não lhes bastam para que cada um receba um pouco. Ao que lhe disse um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro: Está aqui um moço que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? Disse Jesus: Fazei sentar na relva o povo. Ora, naquele lugar havia muita relva. Reclinaram-se aí, pois, os homens em número de quase cinco mil. Jesus então tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos que estavam reclinados; e de igual modo os peixes quanto eles queriam. E quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.” (Jô 6,3-13).
                           
                           Faz-se necessário fazer algumas reflexões sobre a partilha do pão narrada no Evangelho de São João: 1. Seguia a Jesus uma grande multidão. O que fazer com a grande imensidão do povo de Deus (adolescentes, jovens e adultos)? 2. Esta mesma pergunta é feita por Jesus. Como alimentaremos (pão e palavra) esta imensidão de gente? Vemos através de Felipe que pelo método material, frio e calculista é impossível uma solução. Talvez o olhar de André que viu em um jovem uma possível solução nos ilumine mesmo vacilantes prendendo nos números e dificuldade. Porém, os mesmos números nos ensinam que para haver multiplicação deve-se partir de um número, já que a multiplicação de zero é zero. Logo, o jovem possibilitou a Jesus o milagre da multiplicação. É certo que o gesto de grandeza do jovem colocando a disposição o que tinha, cinco pães e dois peixes tenha facilitado em muito o milagre. Já que “as palavras comovem, porém os exemplos arrastam”. O exemplo de amor e desprendimento do jovem é luz para todos nós. Faz-nos lembrar o que disse Jesus: “Aquele que não se tornar como aquele jovem não entrará no reino dos céus”. Porque o amor e compaixão pelo próximo são superiores a obrigação fria e interesseira. 3. Também há que assinalar a organização da grande multidão, sentada na relva, nos evangelhos sinóticos grupos de cinquenta e cem. Aqui merece refletirmos sobre a nossa obediência aos comandos da nossa Igreja, e participação dos grupos de vivência, pastorais e movimentos. 4. O ponto mais significativo no milagre operado por Jesus, foi o agradecimento, dar graças a Deus. Se nós pudéssemos mensurar todas as graças que recebemos em um único só dia, veríamos graças infinitas, quando muitos se tornam frios e indiferentes a qualquer tipo de agradecimento. É imprescindível que a humanidade agradeça mais para ver a graça. 5. A multiplicação e expansão do coração se fazem necessárias para colocar tanta graça “não nos ardia o coração” diz o discípulo de Emaús, neste evangelho completamente saciado. 6. Precisamos aprender a não perder as sobras, quantas pessoas poderiam se alimentar do que sobra na colheita, industrialização, comercialização e nas mesas. 7. E por fim, aprendemos que o amor e multiplicação não têm fim, sobraram doze cestos, mesma quantidade dos discípulos. E eles souberam que no cesto do amor dos pães, quanto mais tira, mais se multiplica.
                           É urgente a nossa decisão, a multidão está esperando (um bilhão e trezentos milhões de pessoas) que vivem abaixo da linha da pobreza em plena miséria no mundo. Segundo a Unicef duzentas e cinquenta milhões de crianças somente na América Latina.  Há decisão é Tua. Daí vós mesmo o de comer.
                           Diz o compositor: “Tem gosto de Deus, o pão que a gente parte e reparte”.
                           Sinta o gosto de Deus.

                           Shallon!!!  Elson

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